A integração da comunicação alternativa e ampliada através do protocolo Picture Exchange Communication System PECS® no aumento da frequência de mandos em um aluno com transtorno do espectro autista.
Resumen
Algumas crianças com Transtorno do Espectro autista (TEA) incluídas na educação
infantil de escolas regulares com Transtorno do Epectro Autista (TEA) são
consideradas não verbais. Algumas utilizam gestos para compensar a ausência da
fala, porém nem sempre esta comunicação através de gestos é contextualizada,
fazendo com que muitos apresentem comportamentos disruptivos. Neste sentido, a
habilidade de comunicação desses indivíduos pode ser beneficiada pelo uso do
sistema de comunicação alternativa Picture Exchange Communication System –
PECS®. O objetivo deste estudo foi analisar a contribuição do prototolo PECS® na
comunicação de uma criança com autismo não verbal inserida na educação infantil
de uma escola municipal regular analisando se a sua implementação em um
contexto clínico proporcionou o aumento de mandos verbais e não verbais do
participante na escola e facilitou a generalização de mandos para outros contextos
escolares e com diferentes parceiros de comunicação. Além disso, a percepção da
professora quanto à interação/comunicação e comportamento do aluno foi avaliada
pré e pós intervenção. Metodologia: Foi utilizado um delineamento quase
experimental de pesquisa de caso único (A-B), sendo as coletas realizadas durante
a Baseline e Intervenção. A pesquisa teve como participante um aluno da educação
infantil com 2 anos e 4 meses inserido em uma escola regular. O protocolo de
aplicação do PECS® foi realizado no contexto clínico e a coleta de dados ocorreu na
escola, porém em dois ambientes distintos que incluíam a sala de aula com a
professor e demais colegas e outra sala da escola com a mãe e a pesquisadora.
Dados sobre a percepção da professora foram coletados a partir de um questionário.
Resultados: Foi observado o aumento na frequência de mandos verbais, porém
sem mudanças significativas entre as fases. No entanto, houve uma diferença
expressiva na utilização de mandos não verbais com figuras na escola, inferindo que
o aluno conseguiu se apropriar do protocolo e obteve um aumento na frequência de
mandos com o auxílio das figuras. Conclusão: este estudo fornece alguns dados
empíricos que suporta o uso de PECS® como um Protocolo de Comunicação
Alternativa e Ampliada viável e promissor para ser utilizado em crianças com
autismo no contexto escolar de ensino comum. Existe a necessidade da realização
de mais estudos abordando este tema, com a implementação e envolvimento da
professora, número maior de participantes e designs experimentais mais robustos
para que se possa, de fato, demonstrar a eficácia e aplicabilidade do PECS® para
auxiliar a comunicação e interação de crianças brasileiras, com autismo na
educação infantil e inclusiva.
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