Respostas fisiológicas, comportamentais e produtivas de vacas holandesas em lactação sob diferentes sistemas de produção.
Abstract
As variáveis climáticas são componentes ambientais que tem efeito sobre o bem-estar animal e, por consequência, sobre a produtividade dos rebanhos. Conhecê-las e verificar sua interação com os animais é uma forma de adequar o sistema da produção as características do ambiente e ao potencial produtivo dos mesmos. Diante disso, objetivou-se abordar nesta pesquisa os aspectos relacionados as respostas fisiológicas, comportamentais e produtivas de vacas holandesas em lactação sob diferentes sistemas de produção. O estudo foi desenvolvido durante o período de 20.01.2013 a 21.02.2013 no Instituto Federal Farroupilha – Campus Alegrete. Foram utilizadas 27 vacas holandesas em lactação divididas nos três tratamentos, a saber: animais alimentados basicamente a pasto; animais alimentados a pasto e suplementados com concentrado; e animais mantidos em confinamento. Foram realizadas avaliações climáticas, fisiológicas, comportamentais e produtivas. As avaliações fisiológicas consistiram do monitoramento da temperatura retal, da freqüência respiratória, da temperatura da superfície do pelame, além de avaliação hamatológica pelo eritograma e determinação do nível de cortisol. A avaliação do comportamento de ingestão consistiu no registro dos tempos diários gastos com as atividades de ruminação, ócio e alimentação. Para a avaliação produtiva, o leite foi pesado de maneira individual e diariamente e foram coletadas amostras de leite de cada animal para determinação dos teores de Gordura, Proteína, Lactose e Sólidos, além da determinação da Contagem de Células Somáticas (CCS). Para realização das análises estatísticas, a produção de leite foi corrigida para 4% de gordura. Os fatores meteorológicos interferiram na composição do leite e nos componentes sanguíneos nos três sistemas de produção estudados, e houve aumento na taxa de cortisol nos três sistemas de produção avaliados, caracterizando estresse. Também houve aumento da temperatura retal, acima da normalidade, nos três sistemas avaliados e os efeitos dos fatores climáticos sobre as variáveis fisiológicas frequência respiratória, temperatura retal e temperatura de pelame, foram maiores no sistema pasto e pasto + concentrado. Constatou-se que durante o dia, os animais estão sujeitos às variações do ambiente climático, com variações da temperatura e do índice de temperatura e umidade e estas, determinaram diferentes respostas fisiológicas nos parâmetros frequência respiratória, temperatura retal e temperatura de pelame, independentemente do sistema de produção adotado. O aumento da oferta de forragem de boa qualidade diminuiu o tempo de pastejo e de bocados e o sistema de confinamento resultou em menor tempo com alimentação e maior com ruminação. A atividade de pastejo foi mais intensa nas horas em que a temperatura foi mais amena, isto é, no período noturno, para os sistemas pasto e pasto +concentrado. Já no sistema de confinamento, o maior tempo com alimentação ocorreu no período diurno, indicando que as condições climáticas não interferem neste sistema, quando os animais estão alojados em boas instalações.
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