Metoxipirazinas em vinhos Cabernet Sauvignon produzidos com uvas da região da campanha gaúcha

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Data
2020-02-21Autor
Cunha, Wellynthon Machado da
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Mostrar registro completoResumo
Altas concentrações de metoxipirazinas (MPs) são indesejáveis em vinhos Cabernet
Sauvignon devido aos seus aromas característicos (pimentão verde e outras notas
vegetais). Dessa forma, neste estudo, avaliou-se a presença desses compostos em
vinhos Cabernet Sauvignon elaborados com uvas de diferentes vinhedos da
Campanha Gaúcha (Rio Grande do Sul, Brasil), uma região vitivinícola de recente
destaque no Brasil. Foram elaborados 20 vinhos, em duas safras (2018 e 2019),
seguindo a mesma metodologia de vinificação. Foram obtidas uvas dos municípios de
Bagé, Candiota, Dom Pedrito, Maçambará, Piratini, Rosário do Sul, Sant’ana do
Livramento e Uruguaiana. As avaliações foram realizadas por cromatografia gasosa
acoplada à espectrometria de massas (GC-MS) e análise sensorial descritiva
quantitativa (ADQ). Os vinhos apresentaram baixos teores de 3-isobutil-2-
metoxipirazina (IBMP), abaixo de 15 ng L
-1
, e não foram detectadas outras MPs.
Observou-se uma tendência à obtenção de menores valores quanto mais avançado o
ponto de colheita das uvas. Na análise sensorial, as intensidades dos aromas de
pimentão verde e vegetal foram baixas, destacando-se notas de frutas vermelhas. A
presença de MPs foi relativamente baixa nos vinhos produzidos com uvas da Região
da Campanha, e os aromas característicos não foram perceptíveis na análise
sensorial, exceto quando houve adição do composto. Pelos resultados observados
neste estudo, a cultivar Cabernet Sauvignon pode ser inclusa no rol de cultivares da
região.
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