OQUIMBALAUE: Negra sim! Negra sou! Escrita, teatro, resistência e educação.
Resumo
O texto dessa dissertação de mestrado se estrutura a partir da interpretação do poema “Me Gritaram Negra’’ de Victoria Eugenia Santa Cruz Gamarra. O movimento pela escrita de pesquisa utiliza as metáforas teatrais e se desenvolve em 3 atos, cada um com cenas respectivas. No Ato 1 é realizada a exposição das principais informações necessárias a leitura do trabalho. No ato 2, o clímax, é onde se desenvolve a questão de pesquisa em torno da interrogação: Eu, negra sou? e apresenta-se os objetivos como sendo: apreender o que faz ser negra, na articulação entre a artista, a educadora e a pesquisadora, utilizando o teatro como recurso político e pedagógico, mais especificamente, o teatro como uma forma de resistência. E logo após a metodologia, que se constrói como um cruzamento da proposta de escrevivência de Evaristo (2017) e da etnografia surrealista de CLIFFORD (2012). Neste ato são ainda explorados alguns dos principais autores e suas relações através da proposta deste trabalho. No ato 3, o desenlace, se verifica o nascimento da personagem síntese - Oquimbalaue, que procura através de sua escrita corporal estabelecer uma íntima relação entre a pesquisa e o teatro de forma que estes se possibilitem, ao mesmo tempo, como um movimento de ancestralidade e de ato político e pedagógico (NASCIMENTO,1978). Em síntese este trabalho busca, assim, pela escrita de pesquisa, defendida como escrita do corpo, encontrar uma proposta de resistência que se afirme pela arte, pela educação e por tudo aquilo que pelos caminhos da ancestralidade se reivindicam como atuais e imprescindíveis.
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