A Imagem Arquetípica do Mestre-Aprendiz em Cartas (Escritas) aos Professores que produziram Marcas: uma leitura junguiana à Educação.
Resumo
Este trabalho problematiza a imagem arquetípica do Mestre-Aprendiz em diálogo com a Psicologia Analítica do psiquiatra Carl Gustav Jung e as teorias do Imaginário do antropólogo Gilbert Durand e do filósofo e epistemólogo Gaston Bachelard. O estudo tem como objeto de pesquisa cartas escritas para professores que deixaram marcas em alunos de três instituições (UFPEL, IFSUL e UERGS), cuja investigação foi desenvolvida pelo Grupo de Estudos e pesquisas, sobre Imaginário, Educação e Memória (GEPIEM). Tem como problema de pesquisa saber como emerge a imagem do arquétipo do mestre-aprendiz em cartas à professores do passado? E como objetivo geral busca desvelar e problematizar o referido arquétipo. Foram escolhidas quatro cartas com o intuito de problematizar as polaridades do arquétipo consteladas nas imagens encontradas nas cartas e suas contribuições à educação. Para a análise foi utilizada a amplificação simbólica, fundamentada no método criado por Jung para favorecer a elaboração simbólica em seus aspectos arquetípicos. As quatro cartas são chamadas: Carta-Diamante e Carta-Mãe (polaridade positiva); e Carta-Espirro e Carta-Xixi (polaridade negativa). Os dados da pesquisa evidenciaram a perspectiva do aprendiz, visto que os remetentes das cartas foram os sujeitos a quem foi dado o protagonismo. Percebeu-se uma “pregnância simbólica” indicando a presença do deus grego Hermes em todas as cartas, o que possibilita pensar os atributos herméticos nos processos de formação de professores, ligados ao deus psicopompo, um condutor de almas. Através desse deus, o professor pode conseguir um olhar mais compreensivo em relação a vida psíquica de seu aluno e à sua própria.
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