Conservação de pêssegos em sistema refrigerado convencional, atmosfera controlada e dinâmica
Abstract
Os frutos de pêssego (Prunus persica (L.) Batsch) têm grande impacto econômico em
todo o mundo, mas são caracterizadas por curta vida útil no mercado, apresentam um
aumento climatérico na produção de etileno e na taxa de amadurecimento. Para
aumento de vida útil desses frutos faz-se necessário o armazenamento refrigerado,
como esse pode apresentar algumas limitações, é indispensável se utilizar de outras
tecnologias como atmosferas controladas, sendo elas, convencional, ultrabaixo
oxigênio e dinâmica. Através desse trabalho objetivou-se avaliar os sistemas de
armazenamento refrigerado em atmosferas controlada, atmosfera controlada de
ultrabaixo oxigênio e atmosfera controlada dinâmica na manutenção da qualidade de
pêssegos, por diferentes períodos de armazenamento, assim como, a resposta
desses frutos ao sensor de fluorescência estressadas pela redução de oxigênio.
Pêssegos ‘Jubileu’ foram armazenados e avaliados aos 0, 10, 20, 30, 40 e 50 dias,
simulação por 24 h a 20°C; pêssegos ‘Sensação’ foram armazenados e avaliados aos
0, 15, 30, 45 e 60 dias e simulação por 24 h a 20 °C e pêssegos ‘Olímpia’ foram
armazenados e avaliados aos 0, 12, 24, 36 e 48 dias e simulação por 48h a 20°C. Os
frutos foram submetidas às seguintes concentrações atmosféricas: 20-21%O2 + 0,03-
1%CO2 em atmosfera refrigerada (AR); 1%-2%O2 + 10-11% CO2 em atmosfera
controlada (AC); 0,5-0,6% O2 + 4-5% CO2 em atmosfera controlada de ultrabaixo O2
(ULO) e 0,4-0,5% O2 + 10-11% CO2 em atmosfera controlada dinâmica (ACD) (com
sensores de fluorescência). A temperatura de 1 ºC e umidade relativa de 90-95% foi
mantida constante nas câmaras frias. Foram avaliados os parâmetros de qualidade:
sólidos solúveis totais, potencial hidrogeniônico, acidez titulável, relação sólidos
solúveis totais por acidez titulável, firmeza de polpa e epiderme, perda de massa,
compostos fenólicos totais, atividade antioxidante, carotenoides totais, incidência de
podridão, parâmetros da cor, etileno; acetaldeído e etanol. Foi realizada a análise de
variância, teste de Tukey, regressão e análise multivariada. Os três experimentos
apresentaram alto percentual de perda de massa em AR, diminuição do avanço do
amadurecimento através dos parâmetros físico-químicos, como SST, AT, °HueE,
°HueP, FP em AC, ULO e ACD, presença mais acentuada de acetaldeído e etanol e
redução do etileno em AC e ACD. Os compostos fitoquímicos como AA, CFT e CT
sofreram poucas alterações durante o armazenamento nos três sistemas. Os
pêssegos ‘Sensação’ e ‘Olímpia’, responderam ao sensor de fluorescência aos serem
submetidos ao estresse por oxigênio. Os frutos de ‘Jubileu’ mantiveram os melhores
parâmetros de qualidade físico-química até 50 dias em AC. Com a análise fatorial em
‘Sensação’, foram identificadas as variáveis etileno, perda de massa, firmeza de polpa
e sólidos solúveis totais como as mais importantes neste experimento. A cultivar de
pêssego ‘Olímpia’ aos 48 dias apresentou sensibilidade à injúria por frio, com
escurecimento de polpa em todos os sistemas de armazenamento.
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