Efeito transgeracional de doses sub-letais de glifosato e quizalofop e estresse por déficit hídrico na resposta de Eragrostis plana a ambos os herbicidas
Resumen
Eragrostis plana é uma das principais plantas invasoras dos campos do Bioma Pampa.
Esta se caracteriza por ser uma espécie altamente invasiva e competitiva com o campo
nativo, pela capacidade de tolerar diversos estresses abióticos e pelo difícil controle.
Plantas submetidas a estresses abióticos e herbicidas podem desenvolver mecanismos
que aliviam ou reduzem os danos causados por estressores e transmitem essa
capacidade às progênies. Os objetivos deste trabalho foram: 1) investigar o efeito da
aplicação recorrente de dose sub-letal dos herbicidas (quizalofop-p-ethyl ou glyphosate)
com ou sem estresse por seca por duas gerações no desenvolvimento de maior
tolerância aos herbicidas; 2) investigar se as enzimas antioxidantes estão envolvidas
nesse processo de tolerância aprimorada; e 3) investigar os principais mecanismos de
tolerância aprimorada no desenvolvimento de resistência ao glyphosate e quizalofop.
Plantas da geração F2 submetidas ao estresse combinado (estresse por seca e subdose de glyphosate - DRYxGLY) apresentaram a maior tolerância ao glyphosate. As
enzimas antioxidantes conjuntamente com a superexpressão de EPSPS e do
transportador ABC MRP10 estão envolvidos no aumento da tolerância da população
DRYxGLY ao glyphosate. Plantas da geração F2 submetidas ao estresse por seca
(denominada DRY) desenvolveram a maior tolerância ao quizalofop. O aumento da
atividade enzimática antioxidante conjuntamente com a superexpressão dos genes
CYP72A31, CYP81A12 e GSTL2, estão envolvidos na redução do estresse oxidativo e
possível metabolização do herbicida, desenvolvendo a tolerância na população DRY ao
quizalofop.
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