Silício, cultivares e programas de controle químico no manejo de doenças foliares da cultura da cevada
Resumen
Neste estudo foi avaliado a eficiência de fungicidas registrados para controle de doenças foliares na cultura da cevada com diferentes modos de ação e seu efeito no rendimento de grãos (Capítulo I). Adicionalmente, o fornecimento de silício (Si) para plantas de cevada, associado ou não ao controle químico foi avaliado, observando-se a supressão das doenças, manutenção da produtividade e peso de grãos (Capítulo II). Os experimentos foram conduzidos nos municípios de Capão do Leão e Ronda Alta, no Rio Grande do Sul, onde foram semeadas sementes de cevada cervejeira com padrão de qualidade industrial para as respectivas avaliações de severidade e produtividade. Os tratamentos químicos aplicados foram produtos registrados para a cultura, com maior gama de grupos químicos e ingredientes ativos possíveis. Os experimentos com Si tiveram o fornecimento do elemento via solo,
similarmente a calagem e com preparo convencional da área. Os resultados do estudo demonstram que as doenças são fatores limitantes da cultura e o controle químico reduz significativamente os danos no rendimento de grãos, observado nas cultivares BRS Korbel, BRS Brau e BRS Cauê. O estudo mostrou que produto com maior número de ingredientes ativos em mistura apresenta maior eficiência contra o complexo de doenças da cevada e manutenção da produtividade. Também foi possível verificar que as cultivares apresentam características distintas quanto ao comportamento contra doenças e variações entre locais. O uso do Si demonstrou incremento satisfatório para redução das perdas ocasionadas por doenças, garantindo rendimento de grãos em todas as cultivares testadas. A associação do Si com o controle químico proporcionou ganhos de eficiência igual ao somatório de sua porcentagem de eficiência isolada somada com a eficiência do controle químico. Com esse
trabalho demonstra-se a relevância de utilizar programas de controle químico eficientes sendo que essa a principal prática disponível para manejo de doenças da cevada, hoje no Brasil. Sendo assim, a associação do controle químico, fornecimento de Si às plantas via solo como forma de calagem e o
emprego de cultivares com maior nível de resistência, demonstra-se como uma estratégia promissora e mais sustentável para integrar o manejo de doenças da cevada.
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