Estratégias para promoção da resiliência com mulheres sobreviventes ao câncer de mama.
Resumen
A resiliência é definida como a capacidade humana de superar situações adversas,
como o câncer, sendo mediada pela relação entre fatores de risco e proteção.
Assim, mulheres sobreviventes ao câncer de mama necessitam adaptarem-se a
nova realidade, sendo resilientes, mesmo que em maior ou menor grau. Dessa
forma, conhecer os fatores presentes nesse processo torna-se fundamental para a
construção de planos de intervenção, a fim de minimizar riscos e fortalecer efeitos
protetores da resiliência para essas mulheres. Frente ao exposto o objetivo desse
estudo foi construir estratégias de promoção da resiliência com mulheres
sobreviventes ao câncer de mama. Trata-se de um estudo qualitativo de abordagem
convergente assistencial. Os sujeitos foram três mulheres sobreviventes ao câncer
de mama com baixo grau de resiliência. A coleta de dados ocorreu no período de
agosto a dezembro de 2013, no domicilio das participantes. Esta pesquisa
desenvolveu-se em três momentos: no primeiro, realizou-se uma entrevista
semiestruturada com questões relacionadas a construção do processo de resiliência;
o segundo momento, depois de transcritas e analisadas as entrevistas, identificou-se
os fatores de risco e proteção, e propôs-se as participantes um plano de intervenção
com estratégias que beneficiasse seu processo de resiliência; no terceiro momento,
estas estratégias foram implementadas junto as participantes. Neste contexto, os
resultados identificam como fatores de proteção o apoio da família e a
espiritualidade, assim como, características individuais como autoestima, autonomia
e autoconfiança. No entanto, quanto aos fatores de risco esses apontam diferenças
importantes. Para uma das participantes a falta de informação sobre o câncer, e
dificuldade de autocuidado são os fatores que mais comprometem sua resiliência,
assim buscou-se por meio de diálogos sobre o câncer e material didático esclarecer
dúvidas, e estimular sua autoestima e autocuidado. Para outra participante o
isolamento social e a inatividade decorrente da doença também dificultam sua
superação, e o plano de intervenção vislumbrou incentivar atividade de lazer em sua
rotina, como trabalhos manuais e atividade física, fortalecendo os fatores de
proteção como autonomia e criatividade. Assim, por meio do plano de intervenção
buscou-se minimizar os riscos e fortalecer as potencialidades, ou seja, os fatores de
proteção de cada participante. Acredita-se que a resiliência pode ser promovida,
favorecendo a superação de adversidades, como o câncer de mama, e
consequentemente, melhorar a qualidade de vida. E neste pensar, estratégias de
promoção de resiliência devem ser valorizadas e estimuladas por profissionais e
serviços de saúde que atendem pessoas que enfrentam e buscam superar
dificuldades.
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