Resistência de variedades de mandioca (Manihot esculenta Crantz) a Bemisia tuberculata (Bondar, 1923) (Hemiptera: Aleyrodidae) no estado do Paraná.
Abstract
A mosca branca é um dos grandes problemas para a produção de mandioca na
região Centro-Sul do Brasil por apresentar alto potencial de dano a essa cultura.
Apesar de sua importância, poucas são as informações sobre seu controle. Sabe-se
que esta cultura é umas das poucas em que se encontra resistência à mosca
branca, principalmente pelo tipo antixenose. Porém, ainda n ão foram realizados
estudos relacionados à variedades resistentes no Brasil. Neste sentido, o presente
trabalho tem como objetivo avaliar a biologia de B. tuberculata em seis variedades
de mandioca, visando identificar materiais com potencial de resistência a essa
praga. A biologia de B. tuberculata foi realizada fixando-se gaiolas em folhas de
plantas de mandioca cultivadas em vasos. As variedades utilizadas foram MEcu72,
Santa Helena, IAC-Caapora, IPR-União, Caiuá e Baianinha (Temperatura: 25±2°C;
fotofase: 14 horas). Os parâmetros avaliados foram duração e viabilidade de cada
instar, do período ninfal e do período ovo-adulto, longevidade de fêmeas e machos,
fecundidade, razão sexual e tamanho das fêmeas. Foi elaborada tabela de vida de
fertilidade, calculado o índice de adaptação e índice de resistência . No primeiro
estudo as ninfas criadas na variedade MEcu 72 apresentaram menor viabilidade e
originaram fêmeas menores e menos longevas, com baixa fecundidade ,
apresentando a menor taxa líquida de reprodução (Ro), maior tempo necessário
para população duplicar em número (DT) e menor índice de adaptação, sendo a
variedade que apresentou melhor índice de resistência. A menor fecundidade foi
obtida na variedade Santa Helena, com valor 60% menor que na variedade
Baianinha, onde a B. tuberculata se apresentou mais adaptada. Considerando os
parâmetros avaliados foi possível concluir que as variedades MEcu 72 e Santa
Helena apresentam resistência à B. tuberculata, a variedade IPR-União é
moderadamente resistente a esta praga por apresentar alongamento do período
ovo-adulto, e as variedades Caiuá, IAC-Caapora e Baianinha são suscetíveis a esta
praga, sendo a ultima variedade a que a B. tuberculata apresenta melhor
desenvolvimento.
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