Clonagem de porta-enxertos e produção de mudas de pessegueiro em sistemas de cultivo sem solo
Resumen
Objetivou-se com o presente estudo obter mudas de pessegueiro em sistema de cultivo sem solo, a partir de porta-enxertos clonados através da miniestaquia. O experimento foi realizado em casa de vegetação com temperatura controlada e em estufa agrícola localizadas no Campo Didático e Experimental do Departamento de Fitotecnia, Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel da Universidade Federal de Pelotas (UFPel/RS), no período de março de 2010 a novembro de 2011. Foram avaliadas variáveis referentes à porcentagem de miniestacas enraizadas; a sobrevivência das miniestacas após
o transplantio para os sistemas de cultivo; o comprimento (cm); o número de brotações laterais; os diâmetros (mm) na base, 10 e 15cm; o conteúdo foliar de macronutrientes e micronutrientes dos porta-enxertos; o índice de pega da
enxertia; o número de brotações laterais e a comprimento da cultivar copa enxertada. Os resultados obtidos demonstraram que no artigo 3 Capdeboscq‟ apresentou 80% de porcentagem de sobrevivência em sistema de cultivo sem
solo. O sistema de cultivo sem solo melhora o desenvolvimento das mudas autoenraizadas de pessegueiro, artigo 2, em relação à produção em embalagens. Os porta-enxertos das cultivares Okinawa e Flordaguard, artigos
1 e 3, apresentaram em média 70% de índice de pega quando enxertado Maciel‟ em sistema de cultivo sem solo. O teor médio dos macronutrientes apresenta relação semelhante naqueles determinados pela análise foliar, em
amostras colhidas em pomares de pessegueiro, da região produtora de Pelotas. Os porta-enxertos clonais proporcionam maior altura de cultivar copa enxertada, artigos 4 e 5. O sistema de cultivo sem solo permite que as plantas
tenham um desenvolvimento acelerado, com diminuição do ciclo vegetativo, podendo diminuir o tempo de obtenção de mudas.