Avaliação e quantificação dos componentes do balanço hídrico em pomar de pessegueiro, cv. Maciel, em plantas irrigadas e não irrigadas.

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Data
2010-02-12Autor
Terra, Viviane Santos Silva
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A região de Pelotas é responsável pela grande produção de frutíferas de
Clima Temperado, em especial a cultura do pessegueiro que tem sido uma boa
opção para a diversificação de culturas. O conhecimento da quantidade de água
disponível no solo para atender as necessidades hídricas do pessegueiro durante os
seus diferentes estádios de desenvolvimento é de interesse do ponto de vista
agronômico. Neste sentido, destaca-se o uso da irrigação na cultura do pessegueiro,
visando fornecer a cultura um adequado suprimento de água. Desta forma, é
importante conhecer a resposta do pessegueiro ao déficit hídrico para que se possa
avaliar a influência da prática da irrigação na produção da cultura. Dentre as
metodologias que tem sido utilizada, destaca-se a do balanço hídrico no solo, que
consiste na aplicação da equação de conservação de massa. Baseado no acima
exposto, este trabalho teve como o objetivo principal avaliar e quantificar os
diferentes componentes do balanço hídrico em um solo Argissolo Vermelho
Amarelo, cultivado com plantas de pessegueiro, cultivar Maciel, em condições de
irrigação e sem irrigação, bem como verificar a adequação de um equipamento de
Reflectometria no Domínio da Frequência (FDR) para monitorar o seu conteúdo de
água ao longo do tempo. A avaliação e quantificação dos diferentes componentes do
balanço hídrico de água no solo foram realizadas em uma área experimental
pertencente a Embrapa Clima Temperado, Pelotas-RS, cultivada com pessegueiro,
cultivar Maciel, próximo às plantas irrigadas e não irrigadas. Para tal, o cálculo do
balanço hídrico foi realizado semanalmente e dividido em 32 períodos, sendo a área
experimental contendo as plantas irrigadas e não irrigadas dividida em cinco faixas.
As plantas irrigadas pertenciam a faixa 1 (tubos 3 e 6), faixa 2 (tubo 2) e faixa 3
(tubo 1), cada uma com área de 0,5 m². As não irrigadas pertenciam a faixa 4 (tubo
8) e faixa 5 (tubo 7), com uma área de 1,0 m² cada. As faixas 1, 2 e 4 encontravamse
na subcopa da planta e as demais fora da copa. A precipitação foi medida por
meio de pluviômetros; a irrigação foi feita diariamente baseada na média
evapotranspirativa da região; a variação da armazenagem de água no solo foi
medida por meio de leituras de umidade do solo até 0,50 m de profundidade,
utilizando-se um equipamento baseado na reflectometria no domínio da frequência
(FDR), o qual foi calibrado a partir de leituras de tensiometria; o escoamento
superficial e a drenagem interna ou ascensão capilar foram desprezados; a
evapotranspiração foi tomada como variável incógnita. A partir dos resultados podese
concluir que é possível a utilização de um método indireto, usando tensiômetros e
curvas de retenção para a obtenção de curvas de calibração do equipamento de
reflectometria no domínio da frequência (FDR); o manejo de irrigação adotado,
baseado na média de evapotranspiração da região, pode não ser suficiente para
suprir a demanda hídrica da cultura do pessegueiro; plantas de pessegueiro com
suprimento hídrico por meio da irrigação apresentam valores maiores de
evapotranspiração real e a armazenagem variou em todas as faixas irrigadas e não
irrigadas entre 60 a 140 mm semana-1, não sendo afetada pelos manejos adotados
no estudo.