A figura do professor diante de cenários pedagógicos contemporâneos: luta por reconhecimento
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2024-08-28Metadatos
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A presente pesquisa versa sobre a figura do professor e os cenários pedagógicos perante a adesão das escolas públicas, da região sul, às diferentes formas de manter e encaminhar suas atividades no contexto pandêmico e pós-pandêmico. O objetivo geral deste trabalho é compreender a problemática da constituição e da luta por reconhecimento do professor diante dos cenários pedagógicos difundidos, na escola pública, a partir do contexto da pandemia. O aporte teórico principal é a teoria do
reconhecimento de Axel Honneth (2009). Este trabalho de tese possui uma abordagem qualitativa sustentada em uma compreensão dialético-hermenêutica dos documentos e dos eventos de formação continuada implementados nas escolas gaúchas no referido contexto de 2020/2021. A tese é desenvolvida a partir do tipo de pesquisa documental, considerando como fontes os documentos normativos emitidos durante o cenário pandêmico, as gravações dos eventos de formação continuada no mesmo período, bem como alguns registros da autora recebidos ou elaborados durante seu trabalho docente nas escolas de Educação Básica. A problemática deste estudo parte da seguinte questão: Quais as possibilidades de validação do reconhecimento docente nos cenários pedagógicos que, a partir da pandemia, tornaram-se mais expressivos na escola pública?
A tese assenta-se na ideia de que a experiência docente, diante desses cenários, ocasionou significativos impactos na figura do professor, exigindo uma reconfiguração em seu processo de luta por reconhecimento. Identifica-se que a imagem do todo (o
professor) foi afetada, pois as partes que o constituem foram modificadas a partir da adesão a propostas pedagógicas inéditas, que aceleraram o diagnóstico da reificação. A implantação de uma docência controlada por plataformas e redes digitais e a ênfase em aspectos metodológicos em discrepância com a realidade experienciada nas escolas no cenário pandêmico, assim como o esquecimento da dimensão humana da docência nos cursos de formação continuada ofertados mostram que a luta por reconhecimento precisa agora enfrentar a super-responsabilização da profissão, a desumanização do trabalho docente e a instrumentalização da subjetividade.