Caracterização química do cultivar UPFA 20 Teixerinha, secagem e condições de armazenamento na qualidade industrial de aveia
Resumen
Objetivou-se com o trabalho, caracterizar quimicamente o cultivar de aveia UPFA
20 Teixeirinha e avaliar o efeito combinado da temperatura do ar de secagem,
umidade final e condição ambiental de armazenamento na conservabilidade e
qualidade industrial de grãos armazenados em sistema convencional por oito
meses. Foram utilizados grãos de aveia (Avena sativa L.) do cultivar UPFA 20
Teixeirinha, safra agrícola de 2003/2004 e avaliado composição química,
composição em ácidos graxos, composição em aminoácidos, escore químico,
energia metabolizável, temperatura do ar de secagem, umidade final e consumo
de energia. Durante o armazenamento da aveia em condição ambiental
controlada e não controlada foi determinado periodicamente em grãos com casca
extrato etéreo, acidez, composição em ácidos graxos, umidade, peso do
hectolitro, contaminação fúngica e micotoxinas. O trabalho foi realizado em três
experimentos. No primeiro foi realizada a caracterização química do cultivar; no
segundo experimento foi avaliado o desempenho energético durante o processo
de secagem intermitente em diferentes temperaturas do ar de secagem e
umidade final. No experimento três foi avaliado o efeito combinado das variáveis
temperatura de secagem, umidade final e condições ambientais de
armazenamento na conservabilidade e qualidade industrial de aveia armazenada.
Os experimentos foram realizados em delineamento inteiramente casualizados
(DIC), utilizando fatorial 3 x 3 x 2 (temperatura do ar de secagem; umidade final e
condição ambiental de armazenamento). Os resultados foram analisados
estatisticamente pelo emprego da análise de variância (Anova) e nos modelos
significativos as médias comparadas entre si pelo teste de Duncan a 5% de
probabilidade. A secagem intermitente quando realizada em condição menos
drástica de temperatura é um método eficiente na conservação de parâmetros
biológicos e tecnológicos de qualidade em grãos de aveia branca. Grãos de aveia
com umidade em torno de 15% apresentam melhor conservabilidade quando
armazenados em condição ambiental controlada. A degradação de lipídios e o
aumento da acidez durante o armazenamento são maiores em grãos secos em
processo intermitente com ar a 105 ±5 ºC. Secagem intermitente, mesmo com
temperaturas do ar de até 105 ±5 ºC não provoca a estabilização metabólica. A
temperatura do ar de secagem e as umidades inicial e final são fatores
determinantes para estimar o consumo energético e a taxa de secagem de grãos
de aveia.