Sistemas fechados de cultivo sem solo, produção e ecofisiologia do minitomateiro
Resumen
Os minitomates têm conquistado espaço no mercado devido a sua aptidão para o
consumo in natura. No entanto, estudos acerca da melhor forma de condução das
plantas, sistemas de cultivo, práticas de manejo e seus efeitos sobre a
produtividade, necessidades climáticas, e normas de classificação dos frutos são
assuntos a serem esclarecidos. A adoção de técnicas de cultivo de baixo custo e
baixo impacto ambiental são preconizadas, e os sistemas de cultivo sem solo com
recirculação da solução nutritiva drenada são os mais adequados. Diante disto dois
experimentos foram conduzidos em estufa, no Campo Didático do Departamento de
Fitotecnia, da Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel, da Universidade Federal de
Pelotas, nos anos de 2015 e 2016. O primeiro experimento teve como objetivos
avaliar o crescimento, o comportamento produtivo e a qualidade de frutos de
minitomates dos tipos Grape e Cereja cultivados em dois sistemas fechados de
cultivo (vasos e calhas), em substrato de casca de arroz in natura sob diferentes
intensidades de desfolha (sem desfolha, uma e duas folhas removidas por
simpódio). Também foi realizada a classificação dos frutos por tamanho,
empregando-se um grupo de cinco peneiras com perfurações específicas para cada
cultivar. O segundo experimento objetivou definir a influência da temperatura e da
radiação solar sobre o crescimento das plantas de minitomateiro em estufa em ciclo
de outono-inverno, bem como, encontrar o menor valor de radiação solar em que
houvesse acúmulo significativo de massa seca pelas plantas. A cultivar Cereja
apresentou maior crescimento com acúmulo de massa seca total entre 958 e 1623 g
planta-1
, produção entre 7 e 11 kg planta-1
, e tamanho médio de frutos entre 9,7 e
12,0 g. A cultivar Grape acumulou entre 728 e 1015 g planta-1 de massa seca total,
teve produção entre 4,62 e 5,84 kg planta-1
, e entre 6 e 7 g fruto-1 de peso médio. Os
valores variaram conforme o nível de desfolha. A cultivar Grape apresenta frutos
com maior concentração de açúcares, e a retirada de uma folha do simpódio não
afeta as respostas produtivas. Entretanto, para cultivar Cereja é necessária a
manutenção do simpódio completo. O sistema de cultivo em calhas melhora o
crescimento e eleva as respostas produtivas, enquanto que o sistema de vasos
aumenta a concentração de açúcares dos frutos. A desfolha diminui a quantidade de
frutos classificados como grandes para ambas as cultivares. O sistema de calhas
favorece a produção de frutos da cultivar Grape classificados como grandes. As
peneiras 1, 2 e 3 são adequadas para a classificação de frutos. É possível classificar
frutos de minitomates com o uso de peneiras específicas para cada tipo de fruto. As
cultivares apresentam respostas semelhantes à variação da radiação solar e da
temperatura. Porém, a cultivar Cereja apresenta maior área foliar e crescimento. A
temperatura apresenta influência indireta sobre o metabolismo das plantas,
enquanto a radiação solar exerce influência direta sobre todas as variáveis de
crescimento. O limiar de radiação solar para as cultivares Cereja e Grape de
minitomateiro é de aproximadamente 3,63 MJ m-2 d-1.
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