O Sistema de Unidades Demonstrativas de Feijão - SUDF - como alternativa para o desenvolvimento da produção de feijão no Rio Grande do Sul
Fecha
2016-08-25Autor
Villela, Alexandre Terracciano
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Alimento de grande importância na dieta da população brasileira, o feijão
(Phaseolus vulgaris L.) é cultivado preferencialmente por agricultores familiares
no Rio Grande do Sul. Diversos são os motivos que levam os produtores em
grande escala a terem um maior acesso às tecnologias geradas pela pesquisa,
tanto de órgãos públicos como privados, em relação aos agricultores familiares.
Assim, no início dos anos 1990, a equipe de melhoramento genético da Embrapa
Clima Temperado, com a contribuição da Emater/RS, órgão oficial de extensão,
colocaram em prática o Sistema de Unidades Demonstrativas de Feijão – SUDF –
possibilitando aos agricultores familiares conhecerem as cultivares
disponibilizadas pela pesquisa e, consequentemente, escolherem as melhor
adaptadas às condições ambientais de suas propriedades. A Unidade
Demonstrativa - UD – passou a ser composta por dezessete das cultivares já
recomendadas por órgãos de pesquisa localizados na Região Sul do Brasil, além
da cultivar em uso pelo agricultor, usada como termo de comparação. As parcelas
constituíram-se de quatro fileiras de 4 m, com 0,50 m entre fileiras e com uma
densidade de 12 sementes por metro linear. O SUDF foi concebido para ser uma
metodologia dinâmica, de modo a permitir o acréscimo ou a eliminação anual de
cultivares. Assim, sempre que uma nova cultivar tornava-se disponível pela
pesquisa, poderia ser acrescida. Da mesma forma, cultivares poderiam ser
eliminadas quando algum fator considerado como determinante assim o
sugerisse. UDs foram instaladas em todas as doze regiões administrativas da
Emater-RS. O presente trabalho analisa o comportamento em cada uma das
regiões, de dezessete das cultivares oriundas da pesquisa e que compuseram o
SUDF, mais a cultivar usada pelo agricultor, que igualmente serviu como
testemunha, totalizando dezoito cultivares. As cultivares oriundas da pesquisa
foram: Rio Tibagi, Guateian 6662, FT 120, BR-Ipagro 1 Macanudo, BR-Ipagro 3
Minuano, Iapar 44, BR-Ipagro 35 Macotaço, BR-Fepagro 44 Guapo Brilhante, TPS
Nobre (também identificada como FT Nobre), Diamante Negro, BRS Valente,
Soberano e BRS Expedito, cultivares de grãos pretos; e Carioca, Iraí, Iapar 31 e
Pérola, cultivares com outras cores de tegumento. Os resultados apontam que
embora em cada uma das regiões grupos distintos de cultivares tenham revelado
maiores produtividades, nove delas, as cultivares BR-Ipagro 35 Macotaço, BRS
Expedito, BR-Ipagro 3 Minuano, BR-Ipagro 1 Macanudo, Soberano e FT Nobre,
de grãos pretos, e Carioca e Iapar 31, de grãos cariocas, estiveram, maciçamente
no grupo de produtividade superior. A comparação entre as cultivares integrantes
do SUDF e a cultivar do agricultor, revelou que em seis das doze regiões
administrativas da Emater – RS, pelo menos uma das cultivares do SUDF
superou a produtividade desta última, abrindo a perspectiva de um avanço na
média de produtividade do feijão no Estado.
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