Tornar-se professor de psicologia: encontros com o outro
Resumen
A pesquisa refere-se à constituição do professor de Psicologia, com discursos
captados em discussões de grupos focais com professores de Psicologia da
Universidade Católica de Pelotas/RS, tendo como suporte as teorias de (Porto,
2003, 2006, 2008), Penteado (1998, 2002, 2010), Cunha (2003, 2007, 2010), Freire
(1999, 2006), Buber (1974) e Moreno (1978, 1992). Na compreensão das narrativas
dos sujeitos são consideradas duas unidades de sentido: “o vivido na construção da
docência” e “os encontros e diálogos”. As análises desenvolvidas indicam que o
professor se constitui a partir dos potenciais encontros vividos em seus fazeres e
nos espaços de compartilhamento com os pares, com os alunos, com a instituição
de trabalho, com a comunidade e com um número infinito de interferências que
caracterizam o momento e o contexto social, histórico e político onde ele se insere.
Neste contexto assinalamos que o exercício da responsabilidade e do diálogo entre
as pessoas une-as em busca de interesses comuns na construção do coletivo. O
crescimento não vem apenas das concordâncias do grupo, mas também dos
embates que se criam e das divergências e angústias nele presentes. A revisão da
própria experiência de docência e a recuperação das raízes (de sua história de vida)
auxilia na construção de ser professor. No encontro e diálogo com os outros, o
professor pode descobrir sentidos para o seu fazer imbricados no sentido de existir.
Esse olhar para si mesmo, reconhecendo contribuições dos outros na sua trajetória,
facilita ao professor auxiliar os alunos na busca de, também eles, identificarem
sentidos nos estudos e na vida. De um modo geral, a tese contribui para o campo da
Educação, ao recolocar a perspectiva Humanista, a partir de Buber (1974), um
Humanismo que parte da credibilidade nos encontros.
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