Professores formadores e licenciandos em matemática: o Enatuar sobre o uso pedagógico das tecnologias digitais em uma rede fechada de conversações.
Resumen
Pensar sobre o uso das tecnologias digitais nos espaços educativos pressupõe uma fundamentação teórico-metodológica capaz de contribuir para a formação de sujeitos imersos em uma cultura digital. Neste contexto, propomos este estudo em nível de Doutorado, que foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFPEL e no qual buscamos compreender quais as concepções pedagógicas “enatuam” no observar dos discursos coletivos dos professores formadores que atuam na Universidade Federal da Grande Dourados - UFGD e dos licenciandos em matemática que sustentam o uso das tecnologias digitais. Para o estudo, foram colaboradores quatro professores formadores do Curso de Licenciatura em Matemática da UFGD, atuantes na área de Educação Matemática, e quatorze alunos do referido curso. Optando por um estudo de cunho qualitativo, fizemos o uso de questionários compostos com questões abertas enviados aos professores formadores via Google Drive e em formato físico aplicado aos alunos, encontrando no Discurso do Sujeito Coletivo – DSC - uma proposta de análise. Com as respostas de alunos e professores, foram construídos seis discursos coletivos, sendo três de cada grupo de colaboradores. Ao olharmos para estes discursos, foi possível perceber as perspectivas formativas de alunos e professores que compõem esta rede fechada de conversações. Na análise, constatamos que na rede “enage” o eu professor coletivo e singular que busca configurar suas atuais e futuras práticas pedagógicas para o uso das tecnologias digitais por meio da percepção, da compreensão, da negação e da integração. No estudo, foi possível constatar que é preciso criar uma cultura de formação de professores voltada a formação de sujeitos imersos em um contexto digital. Um contexto que pensa e age com base nas demandas de uma sociedade em constante movimento e que se beneficia dos avanços das tecnologias. É necessário criar uma cultura de professores que sejam capazes de (re)significar o ato docente, uma cultura capaz de perceber as necessidades formativas de seus alunos. Os discursos coletivos foram capazes de expressar em uma única só voz as perspectivas desta rede sobre suas concepções pedagógicas. Olhar para estes discursos, por sua vez, permite ampliar as discussões e empoderar nossas falas evidenciando a importância de estar nesse constante conversar sobre o fazer docente.
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