Efeito da radiação UV-C durante o cultivo de morangos: aspectos bioquímico-fisiológicos e tecnológicos.
Abstract
Em um primeiro experimento se objetivou estudar alterações decorrentes do efeito da radiação UV-C (comprimento de onda de 100-280 nm) aplicada durante o cultivo de morangueiros cvs. Aromas e Albion e no segundo experimento objetivou-se estudar a aplicação de radiação UV-C durante o período vegetativo (estolonamento) de morangueiros cv. Aromas avaliaram-se para ambos os experimentos: firmeza de polpa, teor de fenóis totais, antocianinas totais, carotenóides totais, ácido L-ascórbico, atividade antioxidante e atividade da enzima fenilalanina amonioliase, textura da polpa e cor da epiderme. A radiação UV-C aplicada durante o cultivo não alterou a firmeza na cv. Aromas, já para os frutos da cv. Albion resultou em menor firmeza dos frutos. A aplicação da radiação UV-C originou na cv. Aromas frutos com massa média superior, sendo que para a cv. Albion não houve diferença entre os tratamentos. Um incremento no teor de ácido ascórbico, teor de compostos fenólicos, no teor de antocianinas totais e atividade antioxidante, assim como uma maior atividade da PAL foram verificados para os frutos tratados. As 24 aplicação de radiação UV-C durante o cultivo de morangos promove maturação antecipada de 4 dias, a indução da síntese de moléculas antioxidantes, como compostos fenólicos e antocianinas, possivelmente como conseqüência da maior atividade de enzima PAL. A radiação UV-C aplicada 34 vezes durante o ciclo vegetativo de formação de estolões, no segundo experimento, obteve-se mudas que produzem frutos com maturação antecipada em 8 dias, com maior teor de acido L-ascórbico, antocianinas e carotenóides, sem alterar a produção por planta nem o peso médio dos frutos. Com esses resultados, pode-se concluir que a aplicação de radiação UV-C durante o ciclo de cultivo precedente afeta a qualidade dos frutos do cultivo sucessivo. A explicação mais plausível para a elevação dos compostos fitoquímicos é de que o estresse causado pela radiação UV-C na planta geram espécies reativas de oxigênio (ERO), que estimulam respostas de defesa através do aumento da atividade da PAL, enzima responsável pela síntese de compostos fenólicos.
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