Perfil nutricional e comportamental de agentes comunitários de saúde do município de Pelotas, RS.
Abstract
Introdução: entre as responsabilidades primordiais do agente comunitário de saúde está a execução de ações voltadas à promoção da saúde. Este profissional representa o elo entre a atenção básica de saúde e a comunidade. Objetivo: avaliar o perfil nutricional e comportamental de agentes comunitários
de saúde, bem como autopercepção de saúde, consumo de medicamentos de uso contínuo e presença de doença diagnosticada por médico no município de Pelotas, RS. Metodologia: estudo transversal, tipo censo com Agentes Comunitários de Saúde da zona rural e urbana. Para avaliação do estado nutricional foram aferidos peso e altura. O estado nutricional foi classificado de acordo com o índice de massa corporal. Consumo alimentar, prática de atividade física no lazer, consumo de álcool, tabagismo, autopercepção de saúde, presença de doença diagnosticada por médico e consumo de
medicamentos de uso contínuo foram identificados por meio de questionário aplicado por entrevistadoras treinadas. Após a coleta de dados, estes foram duplamente digitados no programa Epidata 3.1 e as análises descritivas e teste qui-quadrado de Pearson foram realizadas no programa estatístico STATA 12.0, com nível de significância de 5%. Resultados: observou-se elevada
prevalência de excesso de peso (80,3%) e inatividade física no lazer (70,7%). Em relação aos marcadores de consumo alimentar, 49,6% consumiram dois ou mais alimentos não saudáveis e 75,7% consumiram dois ou mais alimentos saudáveis no dia anterior à entrevista. Tabagismo foi reportado por 14,9% dos profissionais e 54,8% consumiram bebida alcoólica nos últimos 30 dias. Mais da metade dos participantes reportou autopercepção boa de saúde, 50,8% tiveram diagnóstico médico de doença e 57,0% usavam medicamentos de uso contínuo. Conclusão: o estudo identificou elevadas prevalências de excesso de peso e inatividade física dentre os fatores comportamentais avaliados,
sugerindo a necessidade de medidas voltadas para o controle destes dois fatores, tendo em vista que são passíveis de modificação. Além disso, mais da metade dos profissionais apresentava diagnóstico médico de doença e usava medicamentos de forma contínua. Destaca-se a importância de ações que
visem a promoção da saúde desses profissionais, independente da zona de atuação, pois pouca diferença foi identificada entre as duas áreas.
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