Características físico-químicas, antioxidantes e fenólicas de genótipos e cultivares comerciais de mirtileiro (Vaccinium spp.).
Resumen
Os frutos do mirtileiro possuem teores elevados de antioxidantes, compostos fenólicos
e antocianinas, conferindo assim, propriedades funcionais aos mesmos. No entanto,
o conteúdo desses compostos pode apresentar variabilidade de acordo com as
características edafoclimáticas da região, condições de cultivo, além das diferenças
genéticas inerentes aos genótipos de diferentes cultivares e seleções. Portanto, com
este estudo objetivou-se analisar e comparar as características físico-químicas,
antioxidantes e fenólicas dos frutos oriundos de seis genótipos selecionados (BB3,
BB4, BB6, PW1, PW2 e PW5) em relação a sete cultivares comerciais (Bluebelle,
Bluegem, Briteblue, Climax, Delite, Powderblue e Woodard), oriundos do ciclo de
produção 2019/2020. O experimento foi conduzido a campo, com frutos provenientes
de uma área experimental, localizada no terceiro distrito de Pelotas, RS, e no
Laboratório de Fisiologia de Pós-Colheita de Frutos e Hortaliças, do Departamento de
Ciência e Tecnologia Agroindustrial (DCTA), da Faculdade de Agronomia Eliseu
Maciel (FAEM), onde foram realizadas as avaliações. Para a realização das análises
foram colhidos, aproximadamente, 1 kg de frutos em estádio completo de maturação
de cada genótipo e em três clones de cada cultivar comercial escolhidos
aleatoriamente. As amostras utilizadas nas análises de cor, sólidos solúveis, pH e
acidez titulável foram pesadas e separadas por repetição (R1, R2 e R3), contendo 100
g de frutos em massa úmida. Já para a quantificação dos antioxidantes (DPPH e
ABTS), compostos fenólicos totais, flavonoides totais, antocianinas totais e
antocianinas individuais, foram pesados e separados 200 g de frutos em massa seca
por repetição. Os resultados indicam que os genótipos e as cultivares avaliadas,
conferiram altos teores de antioxidantes, fenólicos, flavonoides, antocianinas totais e
individuais. Destacando-se ‘Bluegem’, ‘Briteblue’, ‘Climax’, ‘Delite’ e os genótipos
PW1, PW2, PW5 e BB3. Concluiu-se que os genótipos estudados não apresentaram
superioridade em relação aos seus genitores e possíveis genitores. Porém, os
mesmos possuem tanto potencial funcional quanto as cultivares já consolidadas no
mercado. Além de possivelmente, possuírem maior adaptação às condições
edafoclimáticas da região Sul do Brasil, uma vez que foram cultivadas e selecionadas
no Rio Grande do Sul.
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