Crescimento, produtividade e consumo de solução nutritiva em diferentes concentrações pelo tomateiro cultivado em casca de arroz in natura
Abstract
O objetivo do trabalho foi determinar o efeito de diferentes concentrações da solução
nutritiva sobre o crescimento, produtividade e consumo de solução nutritiva pelo
tomateiro empregando como substrato a casca de arroz in natura. Dois experimentos
foram conduzidos, na primavera/verão e verão-outono, em ambiente protegido, no
Departamento de Fitotecnia, do Campus da Universidade Federal de Pelotas. Os
tratamentos foram constituídos por cinco concentrações de solução nutritiva, no
delineamento inteiramente casualizado, em esquema unifatorial. A testemunha (T3) foi a
solução nutritiva com a concentração padrão (T3) e os demais tratamentos foram
concentrações de 0,9 (T1); 1,6 (T2); 3,0 (T4) e 3,7 (T5) dS m-1 A determinação dos
volumes transpirados nos tratamentos com concentrações 1,6; 2,3; 3,0 e 3,7 dS m-1 foi
feita através da estimativa da diminuição do volume de solução nutritiva nos
reservatórios de solução nutritiva, de forma similar à metodologia empregada
anteriormente por Valandro (1999). A área foliar (AF) foi determinada através de um
equipamento medidor de imagens (LI-COR, modelo 3100). Diariamente foi medida a
temperatura do ar e radiação solar. Os volumes absorvidos foram convertidos por
unidade de radiação solar e de área foliar (AF). O substrato foi posto em sacos plásticos
de 10 L perfurados na base e dispostos na densidade de 2,81 pl m-2 Foram
determinadas a matéria fresca e seca vegetativa e de frutos e também a área foliar em
três plantas escolhidas aleatoriamente em cada repetição. A massa seca vegetativa, de
frutos e total mostrou efeito polinomial da concentração da solução nutritiva. A evolução
da área foliar da cultura nas duas épocas ajustou-se a mesma tendência polinomial
observada na massa fresca e seca. Os resultados indicam valores de condutividade
elétrica (CE) de 2,3 dS m-1 e de 3,0 dS m-1 como aquelas que maximizam a produção
de frutos nos cultivos de primavera-verão e verão-outono, respectivamente. Houve
decréscimo da AF após as CE 2,3 e 3,0 dS m-1 , nos cultivos primavera-verão e verãooutono,
respectivamente. Uma regressão polinomial se ajustou entre a CE e o consumo
de solução nutritiva na primavera-verão.