“A gente é esquecida lá dentro”: oportunidades de trabalhos para mulheres nos presídios da 5ª Delegacia Penitenciária Regional do Rio Grande do Sul
Resumen
Esta pesquisa analisa as oportunidades de trabalho ofertadas para as mulheres
presas na 5ª Delegacia Penitenciária Regional (5ª DPR) do estado do Rio Grande do
Sul, que abrange a Penitenciária Estadual de Rio Grande, o Presídio Estadual de
Camaquã, o Presídio Estadual de Canguçu, o Presídio Estadual de Jaguarão, o
Presídio Estadual de Santa Vitória do Palmar, e o Presídio Regional de Pelotas.
Destaca-se ser o Trabalho um Direito Social assegurado constitucionalmente. As
oportunidades de trabalho são analisadas em conjunto com a capacitação para o
trabalho, tendo em vista uma perspectiva de promoção da inserção social e no
mercado de trabalho. A relevância do tema decorre do trabalho da mulher apenada
possuir particularidades que o diferenciam do trabalho masculino, que são
comprovadas preponderantemente a partir de fontes teóricas da criminologia crítica e
da feminista. Algumas destas são suas presenças em um ambiente masculino
adaptado, reprodução do ideário social de trabalho feminino, concentrando-se em
prestação de serviços domésticos no estabelecimento, manutenção, limpeza, cozinha,
artesanato e costura, e número reduzido de projetos que se voltem ao trabalho
feminino. Fatores estes que levam a uma maior vulnerabilização das mulheres presas.
É utilizada a hipótese de que as oportunidades de capacitação profissional e de
trabalho ofertadas às mulheres presas são insuficientes para atingir o objetivo de
melhora das perspectivas de emprego e inserção social das egressas do sistema
prisional. Utiliza-se do método feminista de pergunta pela mulher (BARTLETT, 1990),
do método empírico e do estatístico, tratando-se de investigação qualitativa. O
universo de pesquisa abrange mulheres egressas e membros dos Conselhos da
Comunidade da região.
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