Diversidade de invertebrados e atividade alimentar no solo em área de cultivo de milho orgânico e em fragmento florestal
Abstract
O solo é um recurso natural constituído por combinações bióticas e abióticas as quais
são afetadas pelo manejo, podendo alterar, significativamente, a sua funcionalidade.
O objetivo desse estudo é avaliar parâmetros biológicos do solo como estratégia para
subsidiar práticas de manejo mais adequadas aos agroecossistemas. O trabalho foi
desenvolvido no período compreendido entre março e abril de 2021, nas áreas
experimentais e laboratórios da Estação Experimental Cascata (EEC, 31°37'15" S,
52°31'30" O, 170m de altitude), Embrapa Clima Temperado, localizada em
Pelotas/RS. A diversidade da fauna edáfica foi mensurada por meio do método de
armadilha de queda, do tipo Provid. Para confecção artesanal das armadilhas foram
usadas garrafas PET, com capacidade de dois litros, nas quais foram feitas quatro
aberturas no formato de janelas (6 x 4cm), posicionadas 20cm da base. A atividade
alimentar da biota do solo foi avaliada através da metodologia de bait-lamina. Foi
coletado um total de 7.337 organismos nas áreas de cultivo de milho e de mata, sendo
possível classificá-los em 17 grupos diferentes. As ordens Collembola e Diptera foram
as predominantes nas duas áreas, sendo que mais de 66% e 21% pertenciam a essas
ordens, respectivamente. A Mata A e o Milho B tiveram plena similaridade quanto aos
organismos edáficos encontrados. Foi possível perceber que o consumo médio da
massa nutritiva das lâminas no cultivo de milho teve percentual maior na área A
(81,64%) do que na área B (77,00%). Em uma análise associativa da matéria orgânica
presente no solo verifica-se que, em ambas as áreas, apresenta uma razão
proporcional, com valor nominal próximo ao quociente obtido na atividade alimentar,
sendo um indicativo de que baixos teores de matéria orgânica induz a uma maior
atividade alimentar, em função da disponibilidade de alimento para a biota. Conclui se que os experimentos se mostraram eficazes quanto a determinação da avaliação
dos parâmetros biológicos do solo como estratégia para subsidiar práticas de manejo
mais adequadas aos agroecossistemas, uma vez que permitu determinar os níveis de
semelhança entre os ambientes, permitindo estimar que não houve diferença
significativa entre a mata, adjacente ao plantio, e o cultivo sob manejo agroecológico.
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